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18/01/2011 - Meu Jogo Inesquecível: o primeiro encontro de Thaila Ayala com o Timão

A cena já completou 13 anos, mas ainda está bem viva na memória. Foi em 9 de março de 1997 que uma menina de Presidente Prudente pisou, pela primeira vez, num estádio de futebol. O pai, Clóvis, corintiano roxo, não perdeu a chance quando o time foi à cidade. E num clássico contra o Palmeiras, pelo Paulista de 1997. O Prudentão não estava todo terminado. Mas nem isso o impediu de levar para o jogo a filha de dez anos, com nome tupi que significa estrela.

E ela se sentiu no céu. Ao chegar, olhou para a arquibancada. A Fiel lá, em peso. A primeira cena já impressionou. Depois, veio a glória. Na entrada do time em campo, olhou para o goleiro Ronaldo. Ele saudou a massa e caminhou para o gol. Bateu três vezes com o pé nas traves e fez o sinal da cruz. Era tudo o que a atriz Thaila Ayala queria ver. Naquele momento, seus dois maiores heróis pareciam apenas um. O resultado, o empate por 2 a 2, virou mero detalhe.
- Meu pai chegou a jogar com o Ronaldo. Também era goleiro, e ensinou para ele nas peladas aquele ritual para dar sorte. Quando fui ver o jogo, fiquei esperando-o fazer aquilo. Foi uma emoção imensa. O Ronaldo era incrível. Já o considerava meu ídolo antes disso... E esse foi o primeiro e único jogo na vida que fui com meu pai. O final nem chegou a ser feliz, porque não vencemos. Mas acabou se tornando um bom batizado como corintiana, até na adversidade. E esse jogo se tornou inesquecível - disse Thaila, em entrevista no Projac, em meio às gravações de "Ti-ti-ti", novela das 19h da TV Globo, em que interpreta a personagem Amanda.
Até que a partida foi importante para a campanha que daria o título paulista para o Timão. Donizete abriu o placar para a equipe, aos 25 minutos do primeiro tempo. Luizão e Viola, dois ídolos marcantes na história do Corinthians, estavam do outro lado e viraram o jogo para o Palmeiras. Mirandinha, aos 38 minutos da etapa final, evitou a derrota e fez a alegria da fiel debutante.

- Lembro que a gente ficou perto de um lugar no estádio que ainda estava em obras. No primeiro gol, pulei no meu pai, foi uma vibração enorme, uma adrenalina. Quando o Palmeiras virou, ficou um silêncio no estádio. Lá em Prudente é incrível, todo mundo que conheço é corintiano. Por isso, a loucura no fim do jogo, com o empate. Aquele time era muito bom. Além do Ronaldo, adorava o Marcelinho Carioca. Muitos anos depois, o vi num posto de gasolina, aqui na Barra. Eu não sabia o que fazer. Fiquei estática - confessou.
Se quando viu o ídolo de perto Thaila não esboçou reação, não se pode dizer o contrário em sua vida. A atriz começou cedo a carreira de modelo. E pegou logo a estrada. Depois, se tornou atriz. Com a distância física dos pais, que se separaram, ficou mais complicado o encontro com seu Clóvis para assistir às partidas do Timão. As amigas passaram a ser companhia no Pacaembu ou Morumbi. Mas o elo corintiano com o pai seguiu mesmo após a sua morte, em 2004.

- Lembro muito bem que, quando cheguei para o velório com a bandeira do Corinthians para cobrir o caixão, foi uma emoção muito grande. Ele tinha feito esse pedido. Ainda brincou. Disse que se não fosse enterrado com a bandeira viria para puxar o meu pé - disse, emocionada.
A vida seguiu para Thaila. A paixão pelo Corinthians também. Seja ao vivo, nos estádios, pela TV, celular ou até twitter, dá um jeito de acompanhar o seu time. Da forma mais passional possível. As superstições aliadas à fé são várias: pulos para São Longuinho, orações para Nossa Senhora Aparecida e laços na camisa para evitar gol do adversário (veja no vídeo). Fora um hábito que apimenta a rivalidade com o grande rival, o Palmeiras.

- Não visto verde de jeito nenhum. Desde criança. Verde, para mim, só a natureza.

Quando vai ver o Timão jogar, Thaila não abre mão de ficar no meio da torcida, na arquibancada. Exatamente perto da facção mais conhecida. Ali, assistiu a outro momento que considerou marcante. E foi este ano, pela Libertadores: a vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo no Pacaembu nem classificou o time para a próxima fase - no primeiro jogo, os corintianos perderam por 1 a 0 no Rio -, mas deu um gostinho especial para a ilustre torcedora.
Estava no Maracanã com minha amiga Camila quando perdemos do Flamengo no Maracanã. Foi horrível. Quando saí do Pacaembu, mesmo com a eliminação da Libertadores, teve aquele gostinho bom, de vingança. Passaram, mas perderam da gente - afirmou a atriz, que não esconde a rivalidade com o Rubro-Negro.

Simpatia pelo Botafogo

Morando no Rio, Thaila, além de ir ver os jogos do Corinthians, quando o trabalho permite, passou a acompanhar também o Botafogo, clube pelo qual passou a nutrir simpatia. As derrotas nas finais dos campeonatos cariocas estimularam antipatia pelo Flamengo.

- O Flamengo ainda é amigo perto da rivalidade que tenho com o Palmeiras. Mas foi campeão à custa de muito roubo. O Botafogo foi horrorosamente roubado no Carioca - afirmou a atriz, que elegeu Léo Moura como o jogador rubro-negro de quem tem mais bronca. - Odiava também o Bruno, mas de tão bom que ele era como goleiro - reconheceu.

Os goleiros têm sempre lugar especial no coração de torcedora de Thaila. Felipe, que saiu brigado com o Corinthians, era o ídolo atual. Surpreendentemente, Ronaldo Fenômeno não é o preferido da atriz.


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